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O novo partido de Bolsonaro e o estrago para Moisés

Política

há 4 anos


13/11/2019 13h46


A debandada de deputados do PSL só vai se configurar quando estiver criado de fato o novo partido, Aliança para o Brasil. Mas, o governador Carlos Moisés sofrerá efeitos imediatos.
Os deputados que já estão de saída, não vão mais operar pelo PSL. O governador ficará com a responsabilidade de remontar o PSL para as eleições municipais, agora sem os deputados que funcionavam como âncoras nas regiões.

 

Para quem tem interesse de disputar a reeleição em 2022, como ele já anunciou, eleger prefeitos e vereadores é fundamental. Quantos menos eleger, pior ficará a empreitada.

 

A mostrar que, a articulação do presidente Jair Bolsonaro, de saída do PSL e fundação de novo partido, que não teve nada a ver com o governador catarinense, atinge em cheio o seu projeto político, a ponto de representar uma ameaça.

 

Na Assembleia Legislativa, em relação à base de apoio para o governo, o efeito tende a ser menor. O governador Moisés continuará se relacionando com deputados de vários partidos, usando liberação de emendas e atendimento de prefeitos, a fim de garantir o número necessário para aprovação de projetos considerados sem maior repercussão.

 

Agora, toda votação difícil, polêmica, que seja impopular, ficará mais difícil de aprovar. Se hoje já é complicado, vai ficar pior. De outro lado, Moisés ficará com o PSL sob seu comando, e terá o MDB cada vez mais aliado.

 

Assessoria catarinense

O advogado que está assessorando e orientando o presidente Jair Bolsonaro e seus liderados neste processo de saída do PSL e criação de novo partido é o catarinense Admar Gonzaga, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral.

 

Ele é reconhecido como uma das principais autoridades no direito eleitoral em Brasília e foi por muitos anos advogado do PFL e DEM.

 

Primeiro vereador

Ademir Honorato, de saída do MDB, será o primeiro vereador do Aliança em Criciúma e região. Ele já registrou sua decisão ontem em mensagem para o deputado federal Daniel Freitas.

 

Ademirzinho só dependia de parecer jurídico que vereador também pode migrar para partido novo sem risco de perder o mandato.

 

Quase todos

Dos seis deputado estaduais do PSL eleitos em 2018, só um ficará no partido. Ricardo Alba, de Blumenau.

 

Ontem, o coronel Mocelin, colega de farda de Moisés, anunciou que vai para o partido de Bolsonaro.

 

Na semana passada, os outros quatro já haviam confirmado a saída - Jessé Lopes, Ana Campagnolo, Felipe Estevão e Sargento Lima.

 

Dos quatro federais, só não vai o deputado Fabio Schiochet, presidente estadual do PSL, alinhado com Moisés.

 

Daniel Freitas, Caroline de Toni e Coronel Armando estavam na reunião de ontem com o presidente Bolsonaro.

 

A vice

Durante almoço com empresários, ontem, em Florianópolis, o governador Moisés disse que não vê nenhum problema em sua vice migrar para o partido de Bolsonaro. “Em quase todos os estados, governador e vice são de partidos diferentes, e não atrapalha o governo”, disse.

 

A vice-governadora Daniela Reinehr já anunciou que segue Bolsonaro.

 

O comando

O deputado federal criciumense Daniel Freitas e a deputada Caroline de Toni, do oeste, deverão comandar o novo partido de Bolsonaro, o Aliança, em Santa Catarina.
Um dos dois será presidente, e o outro vice ou secretário geral.

 

Novos tempos

Na sexta-feira, durante a entrevista exclusiva de Eduardo Bolsonaro na Rádio Som Maior, quando foi falado no novo partido, o deputado estadual Jessé Lopes profetizou - “aposto que vamos conseguir as assinaturas necessárias em duas horas”. Provocou risos dos outros que estavam a mesa.

 

Ontem, o advogado Admar Gonzaga explicou que as assinaturas necessárias para criação do novo partido podem ser conseguidas pela internet e em Santa Catarina precisa menos de 5 mil. A mostrar que Jessé pode ter feito a aposta certa.

 

Em Criciúma

O PSL em Criciúma foi montado por Jessé Lopes e Daniel Freitas. Agora, terá que ser totalmente reformulado, com novas lideranças.
Os candidatos a prefeito que estavam especulados para o PSL, eram todos ligados aos dois deputados.

 

Em Criciúma 2

Pelo Aliança, sobram candidatos. Mas, a advogada Julia Zanatta aparece como candidata mais provável à Prefeitura, até pela relação pessoal muito próxima que tem a família do presidente Bolsonaro.

 

Ela disse ontem que vai tratar do assunto com o partido, mas também com o deputado Eduardo Bolsonaro e o senador Jorginho Mello, presidente estadual do PL.
PL e Aliança deverão estar juntos na eleição de Criciúma.

Fonte: 4oito/ Adelor Lessa

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