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Familiares realizam manifestação contra o feminicídio em Forquilhinha

Geral

há 3 anos


14/01/2021 08h42 - Atualizado em 14/01/2021 08h44


Vestidas de preto a manifestação reuniu centenas de pessoas que caminharam pelas ruas centrais do município.

 

Da Redação
Mariane Rodrigues

 

Forquilhinha - Familiares da Sargento Regiane e da funcionária pública Aline realizaram juntamente com amigos e população em geral uma manifestação contra o feminicídio. Isso porque as duas mulheres foram mortas por seus ex-companheiros no ano passado.

Foi realizada uma caminhada, todos vestidos de preto em luto pela vida dessas e de tantas outras mulheres que estão sendo covardemente e brutalmente assassinadas por ex-marido/namorado e/ou companheiros, crime esse conhecido como feminicídio.

Segundo Karla Paris Marques Miranda, que é sobrinha de Regiane, o  objetivo do movimento é chamar atenção da justiça e da população para o caso da tia, Sgt Regiane Terezinha Miranda, que foi assassinada pelo ex companheiro em julho de 2020 e ainda não teve conclusão do inquérito policial. “ Queremos também dessa forma chamar atenção da população sobre as violências contra as mulheres, que parecem aumentar bastante em nossa região. Infelizmente ainda há muito tabus sobre o tema e precisamos sim falar sobre isso” explica Karla.

 

A manifestação

 

A manifestação reuniu centenas de pessoas pelas ruas centrais do município de Forquilhinha. Segundo Karla, a expectativa para o movimento é realmente esse, para  que se iniciem debates e discussões sobre os temas: violência contra a mulher, violência doméstica, feminicídio, machismo, entre outros. “Quando as possíveis vítimas se sentirem mais assistidas e acompanhadas, acreditamos que terão mais coragem para denunciar, sair desses relacionamentos abusivos, buscar ajuda. Esperamos também chamar atenção das autoridades para o caso da tia Jane que está fazendo 6 meses hoje e ainda não teve conclusão, assim como nenhum posicionamento para a família” completa.

“O sentimento da família não tem como ser diferente de tristeza pela morte dela e saudade da sua presença. Ela sempre foi uma mulher alegre, feliz, linda, inteligente e radiante, nós a comparamos com um Girassol, pois sempre onde ela passava levava luz. Ainda é difícil falar do caso sem ter um nó na garganta e sentimento de dor pelo que ocorreu. Ela sempre foi guerreira, lutou e defendeu inúmeras mulheres que já sofreram algum tipo de violência, pela rede Catarina, da Polícia Militar. Ela sempre foi nossa inspiração, nos motivava a ser melhor e buscar mais, sempre impulsionava a ação. Dessa forma, não podemos deixar o feminicídio calar nossa voz, vamos lutar sim, por ela, por nós, para que num futuro não muito distante esses casos sejam cada vez menores. Não podemos mais dar espaço ao machismo, que continua matando muitas mulheres todos os dias” conclui Karla.

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