Foram pouco mais de 15 minutos de temporal, na tarde desta segunda-feira (4), mas o suficiente para causar estragos - ainda não calculados - a lavouras de Meleiro e Turvo. Plantações de arroz, milho, feijão, mandioca e abóbora sofreram com a queda de granizo.

Algumas lavouras de arroz foram quase completamente destruídas. Na propriedade do agricultor José Saccon, na localidade de Boa Vista, em Meleiro, dez dos 12 hectares foram destruídos. Em avaliação preliminar, pelo menos 90% da plantação foi perdida.

A força do granizo tirou os grãos dos cachos, jogando-os ao chão. O rizicultor havia iniciado a colheita horas antes do temporal. “Não sei se vai valer a pena colher o que sobrou. Assim que sair o sol, vamos passar a colheitadeira para ver o que sobra, mas acho que não vai passar dos 15 sacos por hectare”, comenta o agricultor.

Em Meleiro, as localidades mais atingidas foram Boa Vista, Rio Jundiá e Pique do Meio. Em Turvo, os estragos foram maiores nas localidades de São Peregrino e Vila Contessi. Segundo David Tomazi Tomaz, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Turvo, as propriedades que foram atingidas e haviam retirado o Pronaf podem requerer o seguro agrícola. O procedimento deve ser feito antes de qualquer alteração nas lavouras. Para isso, basta procurar o técnico que fez o projeto para ver os procedimentos.

Na lavoura em São Cristovão, Turvo os irmãos Vilson e Moacir Bendo também sofrem com os prejuízos. “Plantamos 32 hectares e ainda falta colher a metade. Acredito que a perca gira em torno de 20 a 30%. O preço já estava baixo agora tende a despencar ainda mais. A esperança é que o tempo firme para colher o que restou para defender as despesas” desabafa Vilson.