Depois de 16 meses do fechamento das escolas por causa da pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Educação fez um apelo para o retorno às aulas presenciais neste segundo semestre. Dos Estados brasileiros, apenas Roraima não estabeleceu uma data para a volta. Santa Catarina, porém, não precisou correr contra o tempo para abrir as unidades em agosto, já que foi pioneira no estabelecimento de um sistema híbrido de ensino ainda no começo do ano. Junto com São Paulo, SC decidiu pelo retorno às salas de aula em fevereiro, quando um dos piores períodos da pandemia, com recordes de mortes pela Covid-19, assombrava o país.

Agora, nesse segundo semestre, o governo de Santa Catarina segue com as regras e protocolos elaborados ainda em 2020 pelo Comitê de Retomada das Aulas Presenciais, e oferece três modelos de ensino. Das 1.064 escolas, cerca de 50 estão em regime 100% presencial, já que têm espaço físico para atender todos os alunos respeitando o distanciamento de 1,5m entre eles — regra estipulada no primeiro semestre letivo. As demais se dividem entre ensino híbrido e totalmente remoto, para os estudantes que são do grupo de risco ou que optam por ficar em casa.

Nesse esquema de aulas, a rede estadual fechou o primeiro semestre com 70% dos alunos frequentando a escola presencialmente, enquanto cerca de oito mil abandonaram os estudos. O secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro, defende que Santa Catarina deve ampliar o número de estudantes nas escolas para reduzir o número de abandono escolar.

Além disso, Vampiro acredita que as faltas devem ser cobradas de forma mais rigorosa na rede estadual a partir de agora. Essa decisão também passa pela comitê. governo trabalha para que todos os alunos estejam no esquema 100% presencial até 2022. Para isso, mantém a avaliação e o acompanhamento em tempo real dos casos ativos de Covid-19 nas unidades de ensino.