Economia
Endividamento entre os catarinenses chega ao menor patamar da história
Economia
há 3 anos
17/08/2020 14h49
Apesar da queda, percentual de famílias que afirmou que não conseguirá pagar suas dívidas cresceu em julho
Segundo pesquisa divulgada nesta semana pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio/SC), o índice de endividamento das famílias catarinenses caiu de 42,6% em junho para 41,3% em julho. Esse é o menor percentual da história da pesquisa. Antes da pandemia, o índice de famílias endividadas estava acima de 50%.
A entidade explica que por conta das incertezas econômicas causadas pelo Coronavírus, os catarinenses estão adotando uma postura de precaução em relação ao endividamento. A estimativa é que desde o início da pandemia, 52 mil famílias quitaram suas dívidas em Santa Catarina.
"Isso já era perceptível pelo comportamento dos consumidores nas datas comemorativas, optando por pagar à vista para evitar compromissos em um cenário tão incerto quanto o de uma pandemia", destacou o economista da Fecomércio/SC, Leonardo Régis.
A maior parte das dívidas dos catarinenses são referentes ao cartão de crédito (72,6%), seguido por carnês (36,7%) e pelo financiamento do carro (36,2%). A maioria dos consumidores (63,9%) afirmou que ficará mais de um ano envolvido com suas dívidas. Em média, a parcela de renda comprometida é de 32%.
Inadimplência
Já o índice de inadimplência - que mede o percentual de famílias com contas em atraso - chegou a 10,6% e também atingiu o menor percentual da história da pesquisa. Em junho, a taxa era de 11,8%. Já em fevereiro, o índice estava em 20,3%
Apesar da queda no indicador, o percentual de famílias endividadas que afirmaram que não vão conseguir pagar suas contas subiu de 45,8% para 50%. A alta é vista com preocupação pela Fecomércio/SC.
"Esse movimento foi acompanhado por um aumento da incerteza, e concentra-se de maneira mais intensa nas faixas de renda até 10 salários mínimos. Isso pode indicar uma tendência de piora relativa do perfil dos que permanecem endividados, pois cada vez mais representam aqueles que possuem maiores dificuldades para honrar suas dívidas", explicou a entidade em relatório.
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