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Coisas de Mulherzinha - Por Rosane de Andrade

Colunistas

há 3 anos


24/08/2020 08h34 - Atualizado em 24/08/2020 08h35


SOBRE FAZER ANIVERSÁRIO

 

Já pensou quantas pessoas nasceram no mesmo dia que você? Tem uma ferramenta chamada Population.io que usa dados da ONU e de estudos de Perspectivas da População Mundial que pode fornecer um número aproximado.

 

A gente acha que o nosso dia é especial, que somos os únicos. Aí vemos nas redes sociais pessoas que aniversariam no mesmo dia e pensamos: são tão especiais quanto eu? Ah, chega de egocentrismo: cada um é especial pra alguém, certo? Nem que seja pra si mesmo.

 

A mudança de dígito não altera muita coisa. Não altera nem quando chega a meia-noite do dia 31, nem quando contabilizamos mais um aniversário... Não muda não. Não dá pra achar que ficaremos mais inteligentes, mais velhos, mais isto, menos aquilo...

 

As pessoas pensam de modo diverso de como passarem o seu dia. Umas querem festas de arromba, outras querem paz, momentos de solidão e introspecção... e você? Eu antes queria festa, hoje quero tranquilidade, claro que ser lembrada também. O Facebook nos auxilia em muito, a menos que a pessoa não tenha colocado a data de seu nascimento em seus dados... caso contrário, nunca ninguém será esquecido.

 

Alguém lembra do Orkut???? Lá se deixava depoimento! Era genial ver as declarações que faziam sobre a gente. Deixar no destaque. Ego nas alturas! E se colecionava e destacava tudo. Tipo assim: espelho, espelho meu, quem é mais amado do que eu?

 

Porém definitivamente o que abomino e temo são os carros de mensagem. Aqueles que matam a gente de vergonha própria e alheia, quando algum vizinho o recebe e a bagunça se faz presente.

 

Em uma outra vida passada, quando fui casada, lembro de uma amiga de meu marido que o presenteou com tal regalo. A mensagem era tão amorosa que todo mundo me olhava como se eu tivesse pago por tamanho presente.

 

Era tanto 'mimimi' e 'nhemnhemnhem' que as pessoas me olhavam meio que emocionadas e admirando a pseudo-declaração de amor. Contudo o que foi mais engraçado foi ao final dizerem o nome de quem enviava a 'estupenda' mensagem.

 

Todos agiram do mesmo modo, quase que ensaiados: arregalaram os olhos e olharam pra mim com um misto de surpresa, horror, pena... E eu? Só falei pro meu cônjuge: em casa a gente conversa!

Fonte: Rosane de Andrade

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